De resto, a metade seguinte.


Existe um mundo em minha cabeça. Por trás dos meus olhos grandes e acima da minha ideologia. Ele está onde o oxigênio não chega e menospreza tal vitalidade.
É um mundo de interrogações!?
Resiste a cada resposta.
Insiste a cada dúvida.
Desiste a cada certeza.
Ele brinca feito máquina num rodopio constante que gira entre fases e posses e frases de morte, ideias e mitos, acordes e sentidos, acordado e doído e se acolhe no meu restante como o ouvido anfitrião do grito.
Esse mundo vem a tona quando me refugio no meu travesseiro, enquanto o cobertor me abraça, lá vou acordando enquanto aqui adormeço.

E passo a noite com os mesmos medos de uma vida desconfigurada, sem notar que tenho a chance de moldar a menina certa da época errada.
E, logo, não importo o quão louca eu pareça.
Meu mundo, minha cabeça.