Eu grito se eu quiser, assim como você tampa o ouvido se quiser.

pé de chinelo... doce de leite, cor de abóbora, palavras doces...
A falta de sentido me faz mais feliz...
Sorvete recheado... quero mais, mais e mais...
Não precisa ter razão, não precisa ser canção...
Foda-se a métrica e toda a parafernália dos gramáticos certinhos.
Quero dizer palavras legais... e rir delas...
Correr na chuva sem olhar pra trás...
Cair da escada, ficar roxa, cheia de hematomas.
E beber mais.
Parei de fumar, não sei até quando vai durar. Cigarro não quero não
Mas me dê um baseado e mude-se pro meu coração.
Diga uma palavra que eu canto a canção
Digito como se tocasse piano...
Ou como se estivesse pincelando...
Minhas palavras são arte...
Podem ser ouvidas por toda parte...
E pra quem diz que é apenas lixo,
não se esqueça que de lixo se faz luxo.
Eu aperto, acendo e puxo.
Não, eu não fumei maconha agora...
Mas seria uma boa hora....
Adoro rir com minhas amigas...
E também com minhas irmãs...
E comer menininhos no café da manhã.
Me chame de puta se quiser, mas prefiro um bom menino a um bom filé...
Como carne, tomo cerveja, fumo maconha, escrevo, e desafino.
Acordo de ressaca, limpo a cara, tomo uma água e começo tudo de novo.
pé de chinelo, doce de leite, cor de abóbora, palavras doces...
Quem vem comigo?

Subo nesse palco, minha alma cheira talco como bumbum de bebê... lalala