Elementar



Não é pra se culpar já que a licença foi concedida.O dia não é necessariamente bom apenas por ser claro e explicito. O sol não é motivo pra segurança, ele não perde a originalidade de um “Bom dia!” quando ilumina alguma tragédia.

A saudação existe pra ser prestada, visionariamente empregada. O lunático que o absorve, não tem noção de gravidade... De grave, já basta o ato profano de oferecer sua mão à dança.

Só um salto pra contrariar a necessidade do chão.

Só a distância pra contrariar a necessidade do toque. . .

Só um beijo para aquietar a necessidade da boca.

Somos derivados de outros mundos, outras épocas, outras histórias... Fantasiados da mesma ilusão que rondou corações singulares, da mesma nostálgica presença do espaço.

Perduraremos enquanto houver música, permaneceremos em novas cicatrizes. Todo grande espetáculo precisa de pausas. Toda pausa, de uma nova motivação. E toda nova apresentação, não menos que aplausos.

Sou da nova era do asfalto, poeta de sarjeta, direção pra mim só de faz na contra-mão. Se não fosse ilusão, eu não suportaria.

A realidade é uma moça que fala alto. A solidão é uma anciã que sussurra no seu ouvido o tanto que é egoísta estar apaixonado. A verdade, na verdade, é uma prostituta manipulável, você é quem dita as regras. O que é certo ou errado.

Ligação mental ou a cobrar, saudações visionárias!

Sinto em dizer, eu não vou parar de imaginar.

Existe o feijão e existe a areia. Sabe o que mais falta sem que o copo transborde? Água! Essa pode-se deixar rolar...