Overdose




Já pensei que pudesse ressurgir

Cantando com mártir sua condição

Deixando-me confusa, mas sem desorientação

Fugindo pro meu lado como se fosse contra-mão

Nem me preparo, tenho a noção do perigo

Do que é ter você mais perto

Com receio de corpos antigos.

Base do olho molhada. Duas, três semanas e nada.

Lavei as roupas, vivi minha vida

Concentrei em males de outrora

Pra alimentar, agora, ressacas derivadas de folias.

Se meu personagem faz papel distante,

Não sabe o gosto que meu vocabulário tem

Devora suas certezas e sabe que por um instante

Foi o vicio que eu não conseguia viver sem.

Já não me serve mais como amante...

Só te resta fazer platônico o seu amor

Por que é mais valioso em versos, poesias e prosas

Assim não se desgasta na dor

E não precisarei dar buquê a quem não gosta de rosas.

Pois de mim, não espere mais que poesias

Talvez versos feitos de duas vidas sem rimas

E depois de todo reencontro sem beijo

Pode ter o capricho de guardar como um segredo

O cheiro, pro seu machismo, afrodisíaco

................................................. Da minha pele, roupa e cabelo.

Vinde a mim.

Abri meus olhos como segunda-feira, um pulo metaforizando responsabilidade. Traguei uma xícara, engoli a nicotina e mais uma dúzia de nostalgia amarga.

Pintei os olhos como quem escreve um poema, seqüenciando cuidados, extraindo imperfeições, moldando o exterior pra se fantasiar de alma errada.

Pés no chão gelado, confirmando realidade.

E a musica não saciou, não cessou. Por que se eu abrir os braços, só o vento me encontrará e ele não é a intensidade que eu procuro. Não é como aqueles dias em que, lendo Hermann Hesse na sombra de uma árvore, ele acariciava minha face e me deixava tranqüila. Esse vento não me toca mais, ele já partiu para o norte.

Então, jogando de um penhasco eu posso sentir o impacto real, o toque do chão em todo meu corpo, o vento que não conseguiu amenizar o peso da minha consciência sem álibi...

Eu já te contei que eu não sei gritar?

Eu sei, o Dylan já me contou. Eu sou mesmo aquela que gemia como uma mulher. Eu ainda sou aquela que se magoa como uma menina.

Eu já te contei que eu não choro sozinha?

Esse cheiro de coisa maluca eu sei que te atrai, mas deveria ver mais, sentir mais, pegar mais e não me dar ouvido quando eu digo o que deveria fazer.

Já te contei que vivo rodeado de santos que nem eu mesma sei o nome? É uma relação simples, eles existem. Eu existo. Nosso espaço é conveniente e por isso vivemos juntos. Não me comovi com a estória de nenhum. Eles não deixaram de serem santos quando ouviram minhas musicas.

Me encontre com pose de férias as 4:18, bebendo café e aguardando a tradição que, nessa noite, eu ignorarei. Fique até meu cigarro acabar e vá embora, por favor.

A Rita já me ensinou. Eu não sofro mais com despedidas.


Me disseram que eu não podia
Que não deveria
Que nem todo ódio do mundo compensaria
Me cantaram Beatles
Me encantaram novamente
Um encanto delicioso
E fielmente caminhei até você
Em busca de nós
Da gente
Que sofre e chora
Que não come nem mora
Que não rima
Nem sentido faz
Para você
E para mim
Por que?
Perguntas que se repetem
Olhares que comprometem
Quilômetros que impedem
Nossa gente de sorrir
Saudade que vem
Saudade que vai
Uma pausa aqui
Pois minha missão eu cumpri
Já não quero mais lhe seguir
Toma conta
Sua boca
E a gente ri
Por que a boca
Combina com oca
Que de oca não tem nada
Fala, xinga e berra
Desespera
Envolvidos nessa esfera
A espera de uma nova Era

Esqueci o título de novo!


Escrevemos como se cantassemos, como se fosse música, das mais bonitas e encantadoras.
Daquelas que tocam sua alma como se te abrassasem por horas...
As sensações vividas, as noites quentes, as músicas que lembram aquelas palavras, tudo acaba combinando e entrando em sintonia.
Todos temos um propósito e vivemos por ele!
Não sei qual é o meu, mas gosto do jeito que está, do jeito que as coisas acontecem e se tornam realidade.
Gosto dos meus sonhos, principalmente esses que eu posso realizar com facilidade, e quem vai dizer que não poderei realizar os que ainda tenho? Se enquanto confiante, sinto atrair o desejado?!
Sinceramente, não sei se posso realizar todos, mas sei que tenho bastante tempo pra ver isso e seria besteira me preocupar já que tempo é o que me sobra.
E quando nos ocupamos com o bem, direcionamos nossa vida para o bem, pode ser esse o meu plano de vida: fazer o bem.
Vou continuar assim, quando descobrir o tal propósito, prometo, pois, propositalmente, proporcionaria as prioridades positivas, entendeu?

Eu grito se eu quiser, assim como você tampa o ouvido se quiser.

pé de chinelo... doce de leite, cor de abóbora, palavras doces...
A falta de sentido me faz mais feliz...
Sorvete recheado... quero mais, mais e mais...
Não precisa ter razão, não precisa ser canção...
Foda-se a métrica e toda a parafernália dos gramáticos certinhos.
Quero dizer palavras legais... e rir delas...
Correr na chuva sem olhar pra trás...
Cair da escada, ficar roxa, cheia de hematomas.
E beber mais.
Parei de fumar, não sei até quando vai durar. Cigarro não quero não
Mas me dê um baseado e mude-se pro meu coração.
Diga uma palavra que eu canto a canção
Digito como se tocasse piano...
Ou como se estivesse pincelando...
Minhas palavras são arte...
Podem ser ouvidas por toda parte...
E pra quem diz que é apenas lixo,
não se esqueça que de lixo se faz luxo.
Eu aperto, acendo e puxo.
Não, eu não fumei maconha agora...
Mas seria uma boa hora....
Adoro rir com minhas amigas...
E também com minhas irmãs...
E comer menininhos no café da manhã.
Me chame de puta se quiser, mas prefiro um bom menino a um bom filé...
Como carne, tomo cerveja, fumo maconha, escrevo, e desafino.
Acordo de ressaca, limpo a cara, tomo uma água e começo tudo de novo.
pé de chinelo, doce de leite, cor de abóbora, palavras doces...
Quem vem comigo?

Subo nesse palco, minha alma cheira talco como bumbum de bebê... lalala

aaaaah titulo vai a merda


O bom de ser depressivo é que quando você se sente genuinamente bem é mais intenso que orgasmos múltiplos, veja bem, não to falando que depressão é uma coisa legal, mas sabe a sensação de paz, mesmo que rara, é arrebatadora, te faz perder o sono por dias só pra poder viver mais um cadim...
Por mais que possa parecer e ser clichê, nada como paz, com os amigos, os amores e a família, a sensação de controle do que ocorre a volta é divina, você meu caro amigo de bem com a vida NUNCA vai ter felicidade como esse, na simplicidade, no canto do passarinho, sim brega assim...
Andar de Mao dada com a mãe pra fazer compras, olhar pros olhos pequeninhos dos amigos e fazer comentários engraçados, sentir borboletas no estomago pensando naquela pessoa, ah cara a vida louca vida breve é isso, pra que se preocupar com os porém
Felicidade vai e volta, correto! Mas a rara felicidade parece durar uma eternidade
É isso gente, não fui bem comida ainda mais ta ai a prova que sexo não é a única saída pra uma oscilação positiva de humor e criatividade

O rei estava nú.





São de palavras que me prostituo. O preço eu pago com meu futuro singular, algo parecido com ponto e virgula, que não se encerra mas grita por uma pausa. Um caso ao acaso, descaso de corpo usado por pretensões, fonética que não justifica. Só um verbo conjugado no passado perfeito permanece. Não há duvidas, não há virgulas, não há rascunho. Ao punho entrego o meu perdão, cicatriz rabiscada de giz de cera.

Redenção de sublimes, crucificação de ideais, manifestação do sono, palavras na encruzilhada, metas, mitos e estrada. Ordem, progresso, poluição, legado da legalização.

Tragos, pigarros, entre a luz e a madrugada, roupas afobadas, suor, sal, poeira e mãos. Ditado e ditadura, valor psico cobrado em cifrão.


As vezes fica uma coisa no ar, as certezas passam a ser duvidas, e as duvidas somem como se nunca tivesse ao menos existido, mas o pior de tudo é a responsabilidade pra cada ato falho que cometemos, o peso sempre parece maior do que a reação dele, como se o problema do erro fosse simplesmente errar, e não o que ele implica...
Nessas horas da vontade de enfiar a cabeça no travesseiro, ou sair correndo, no maior estilo forrest gump, fugindo da diferença, da verdadeira realidade por traz daquela historia doce e singela
Run forrest, run

Valores Ocultos.

Enquanto corria o tempo, seus passos corriam para casa
E enquanto girava o mundo, seus olhos voltavam ao trabalho
Não percebia quanta vida não vivia, enquanto planejava o futuro.
Não via que os dias que acabavam não eram depositados no banco para serem sacados na aposentadoria.
Certas vezes criava coragem, olhava para a janela, pro dia que brilhava lá fora...
E logo tocava um telefone, chegava um e-mail, ou um cliente irritado.
Os amigos foram se afastando, os amores se acabando, os anos se perdendo.
Então veio uma grande crise mundial. Nunca houvera nada igual.
E todo seu esforço fora em vão, seu dinheiro pro leão, e parou seu coração.

A vida lhe ofereceu várias oportunidades, mas não soube entender o valor da amizade, do amor e do viver.
Sua mente só analisava custos, gastos e lucros.
Não conseguia perceber que um sorriso não se compra. Um abraço não se lucra.
Morreu pobre, sozinho e infeliz.
Sem saber que cada segundo é único, que cada pessoa é especial, que a vida passa e não pode ser resgatada no final.

Pra quem quiser chegar


Pra quem acorda, que pule corda!
Pra quem dorme, porque comer da fome!
Pra quem dança, pra sempre balança!
E quem não tem? não importa a ninguém!
E a quem vai chegar... ofereça uma xícara de chá

Quarto 17


Ele fumava Hilton longo, ela Marlboro. Ele conhecia o mundo, sabia bem de seus hemisférios e no auge dos seus 30 e poucos anos, tinha muita historia pra contar.
Ela só sabia cantar sobre terras nao conhecidas, amores mal vividos e feridas curadas com muita terapia. Tinha 17, ele 34 e um carro. Ela andava de ônibus. Ele tinha uma familia, ela só tinha ele. E como todo clichê, não poderia faltar, ela dava a vida por ele, e ele não se preocupava em saber que vida era essa que se perderia.
O que ela mais gostava nele eram as mãos, pareciam firmes, mais não expressavam os anos vividos. Sempre dizia que ele tinha mãos de garoto. Depois das mãos, ela gostava das coxas dele, eram firmes e bem torneadas... Ela pensava: "Deus, poderia passar a vida no meio dela". Mais não era isso que ele queria, enquanto ela aguardava o momento mágico, o momento que ele a beijaria com uma ternura nunca vista antes, chamaria ela pra se casar em Las Vegas, compraria um fusca para os dois e rasgaria os papéis do casamento, ele no entanto pensava no que a mulher serviria no jantar. E depois de saciado sua fome, ele simplesmente se levanta, ainda nú, dá uma volta pelo quarto como se procurasse algum sentindo em se deitar com uma garota de 17 anos. Volta para cama e pega suas roupas, logo, ela sabe que não adianta tentar impedir, não adianta fazer seus dramas habituais, ela sabia que ele nao a pertencia ou ao menos ela não pertencia ao mundo que ele tanto conhecia e tão pouco usufruia.

"Só quero que saiba meu bem, te levo sempre comigo."

Já não sei se consigo expressar em palavras, nas minhas atitutes, não sei mesmo, não consigo expressar pro mundo o que sinto.
A dúvida é constante, o que realmente é passageiro é a confiança, vem e vai...
E se foi tão rápido, quando a gente se ve a ponto de perder algo tudo é mais, todo sentimento é mais intenso, as palavras são mais bem ditas e etc.
Agora quando se esta confiante, qualquer palavra é só mais uma, não vai se importar com o indiferente vai?
- Não se importe com o que não irá mudar nada!
Disse aquele moço, como se fosse um mantra a frase ecoa na minha mente até agora, junto dela inumeras outras, as mesmas frases de sempre.
- Como não me importar se partiu de você?
Aquela menina não cansava de fazer perguntas, ela me passou um ar de dessespero, agônia, afobação... não sei a certo.
- Eu já disse, não se importe pois nada vai mudar!
E ela tentou entender o porque de tanta insistencia, o porque isso ecoava em sua mente.
Posso então confiar nela? Já que não mudará nada, absolutamente nada acho que posso confiar sim...
Esse interesse que aparece diante dos meus olhos devem ser vistos somente pelos meus, ou é tão dificil de enxergar a maldade nas pessoas?
Se já passei por isso, devo saber o que está prestes a acontecer, mais dessa vez, com juras ou não, vou fazer diferente!
Vou mudar a história, porque na verdade ela esta escrita assim, a minha história, com constantes mudanças e um turbilhão de sentimentos.
Vou me mudar, vou ficar irreconhecível, mais vou te levar comigo porque nesse sentido já não tenho mais direito de mudar.