Minha sogra viu minha bunda

Estive pensando sobre ela ter visto essa pequena saliência de crateras maiores que a vulgaridade explicita. Logo percebo que o problema não foi ela ter visto uma bunda, afinal existem bundas pra todo o lado ( televisão, outdoors, supermercado, bares, igrejas, praças, bancos, floriculturas, prefeituras, terreiro de umbanda...) nunca vi ninguém que não tivesse um pedaço de carne molenga pra amortecer o descanso ao sentar (a não ser a inspetora da escola, quem estudou comigo sabe), a aflição contida nessa história toda, foi que a coitada da minha sogra, que nem é minha sogra, viu a MINHA BUNDA.

Eu não sou do tipo brasileira padrão, começando pela intolerância a calor, cheiro de churrasco e calcinha de biquíni contornando a separação de nádegas redondinhas, que da vontade de passar a mão rezando pai nosso e estalando o mindinho do pé... Minha bunda não chama atenção, ela é algo irrelevante... Tão irrelevante que... NÃO, EU NÃO ANOTEI A PLACA DO CARRO!

Eu sei que ela não ficaria surpresa com a minha cara de pau se houvesse se surpreendido primeiro com uma bunda linda, redondinha, lisinha e suculenta... Será que ela rezaria o pai nosso?

Bom, o Credo foi pronunciado com toda certeza, tenho fé quanto a isso... E entre orações e mantras, espadas e escudos, cicatrizes e neon... Sinto-me como uma minhoca gorda e suada, na onde suas extremidades... Suas extremidades... Ah, amigo... A cara aqui também é de bunda.